quarta-feira, 28 de setembro de 2011

"FAMÍLIA" O.S.TELA 60X40
NILTON CARVALHO - 1988
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NILTON CARVALHO






















sexta-feira, 23 de setembro de 2011

GICLEES - Claudio Souza Pinto


  Souza Pinto



Cor, humor, criatividade e refinamento nas pinturas de Claudio Souza Pinto



Não somos o que realmente queremos ser, e sim o que a sociedade nos impõe.... o teatro da vida" (Cláudio Pinto)

Para o artista, a vida é um grande teatro. Como parte dele, as pinturas revelam os sentimentos do ser humano sob as Máscaras do Cotidiano 

As vestes coloridas, traçadas com boa dose de sensibilidade e humor, representam os sentimentos. Ao invés de rostos, máscaras. Ao invés de corpos, comportamentos são evidenciados. É nesse contexto que foram criadas as obras de Claudio Souza Pinto.

 O que você diria disso? O que você acharia ao ver alguém andando por aí com uma máscara no rosto e, ao se aproximar, percebesse que atrás da máscara não há nada? Nem rosto nem cara nem cabeça nem coisa alguma? 

Como é o ser humano quando "tira a roupa"? Como é você quando não tem ninguém olhando? Você existe? Você é de verdade? Ou por trás das aparências, dessas aparências que você mostra às pessoas, você também não é ninguém?

Os quadros de Cláudio Souza Pinto são assim. Não há nada além de roupas, chapéus, sapatos, máscaras. Não há nada dentro das roupas, chapéus, sapatos, máscaras. Ele pinta muitíssimo bem os gestos, os movimentos, os trejeitos, os volumes corporais e as posturas ... de ninguém. Nos quadros dele os seres humanos são ilustres desconhecidos. Só se sabe das suas aparências. Dos seus movimentos visíveis.



Há todo um vasto teatro nesses quadros, há inúmeros personagens, há uma série de representações cada qual mais socialmente conhecida e mais culturalmente comum, e no entanto não há ninguém.
Os atores não existem. Só os personagens. As pessoas não estão lá. Como se já tivessem ido embora quando Cláudio as pintou, ou como se ainda não tivessem chegado.

O forte contraste entre as cores evidencia a harmonia e a profundidade das obras, característica que mexe com os sentimentos de quem as vê.

"Pinto as vestes do ser humano pois a sociedade só dá valor à aparência. Só que estas camuflam sentimentos", conceitua o artista.
Para ele, as máscaras são mais do que frutos da criatividade. Elas são as situações que todo mundo enfrenta.
"Todos nós temos diferentes máscaras de comportamento, que surgem de acordo com a ocasião", diz.

A crítica às regras ditadas pela sociedade, que valoriza as pessoas pelo o que elas têm e não pelo que pensam ou fazem, recebe também um tratamento bem humorado e poético. "Caracterizo minhas telas como sendo de grande sensibilidade, leveza e alegria, mensagens que todos podem compreender", comenta sobre as figuras que atentam para situações corriqueiras, que resultam de sentimentos como amor, fracasso e dor.



GICLEES

Giclée é uma palavra francesa usada nos EUA para nomear o processo de microjato de tinta, a uma determinada pressão, usado na impressão desta nova geração de gravuras. É feita na máquina "Giclée Printer", que jateia aproximadamente 4 milhões de microscópicos pingos de tinta por segundo, em tela. Podem ser usadas até 16 milhões de cores numa só giclée.
Esta tecnologia é considerada o que há de mais sofisticado em termos de impressão para artes gráficas. Todo o material, incluindo tintas pigmentadas específicas, é importado. A tela e preparada para receber tintas de alta duração
A partir de um cromo ( 10 x 12 cm ) do quadro original, é criado um arquivo digital de altíssima resolução. A artista passa, então, a trabalhar junto com a editora na correção e ajuste de cores e após a aprovação da matriz, a gravura é impressa individualmente sobre um suporte de tela permitindo que a qualidade da obra original seja totalmente preservada.As edições são limitadas, numeradas e assinadas pela artista, sendo emitidos certificados de autenticidade, garantindo a origem da obra. A sua durabilidade é superior a 150 anos , desde que observadas as normas de conservação : nunca expor diretamente ao sol, a água ou umidade excessiva. Os giclées em tela já possuem uma camada de verniz protetor, não necessitando qualquer adição de uma outra. Para limpar a tela, passar somente um pano livre de fiapos, macio e seco.

domingo, 18 de setembro de 2011

Além da superstição, a arte pode ser poderoso

2010-687-CAOS II A.S.TELA 140X170
Tem sido dito que os artistas - ou pelo menos suas obras de arte - têm uma maneira de unir as pessoas. No entanto, o oposto pode facilmente ser dito. Afinal, alguns artistas fazem uma carreira - intencionalmente ou não - de ser forçado para o papel de provocador social e política. Basta visitar uma cidade de Nova York galeria de arte, ler uma revista de arte mainstream, ou visitar qualquer um dos museus de arte de cima para tomar conhecimento de como funciona controversa da arte dominar por penetrando em nosso diálogo cultural. Mais frequentemente do que não funciona disse estimular noções de hostilidade, em vez de um ideal de paz. No entanto, a imagem romântica do "artista", como grande comunicador e construtor de pontes persiste.
Há muito tempo deixar a fantasia de apenas artistas de visualização em uma luz nobre. A verdade é que um artista é tão humano como você ou eu - falhas incluídas. Assim, é de importância para explorar esse mito do "artist' - e como os artistas são vistos pelo público. É verdade que alguns artistas vista como torrões preguiçosos que são inúteis na medida em que a mudança cultural está em causa. No entanto, a idéia de que os artistas estão todos lutando alguma noção percebida do "bom combate" continua a reinar em nosso ponto de vista coletivo. Afinal, não é preciso que muitas buscas Google para descobrir que o mito está vivo e bem. Como já mencionei neste blog no passado - muitos artistas que abraçaram essa ideologia na medida em que incluem aspectos desses pareceres no âmbito declarações relativas sua arte. Se você procurar sites artista que você, sem dúvida, descobrir exemplos disso. O artista pode discutir "a alma de um artista" e como sua alma é de alguma forma mais "pura" ou "verdadeiro" do que a população em geral. Ele ou ela pode discutir o "fardo" de conhecer a "verdade" sobre a vida -.. E como a sua arte vai fazer uma "diferença real" Palavras e frases que alimentam o mito Com este mito, que podemos ir ainda mais longe! O artista pode descrever a si mesmo como um artista de "luz" -. ou que a sua arte, de alguma forma trazer a paz mundial, alimentar os famintos, ou salvar os gatinhos Sarcasmo à parte, poderíamos dizer que tais pensamentos borderline na superstição- - mas milhões de pessoas aceitam essas declarações ousadas como uma realidade inquestionável -. ou pelo menos algo a considerar . Na verdade, os artistas que vão de Shepard Fairey para bordo de Sarah ter queimado como muitas pontes como eles construíram, não importa as suas intenções respeitados no 'light' pode-se ver que os artistas não são necessariamente as figuras de mudança social - nem são os salvadores do planeta Eles são simplesmente pessoas como você ou eu -. a única diferença é que eles dão voz visualmente sobre questões importantes para No entanto, o mito deles domina dentro do contexto das declarações do artista, blogs, e até mesmo na primeira página do Yahoo, por vezes -. estamos a pensar no número incontável de sábios e místicos que estão caminhando entre nós. A realidade de ser um "artista" - ou, pelo menos, no caso de artistas que conheço - não é exatamente mágica nem é um modo de vida que é cercado de mistério maioria tendem a luta com o reino das finanças ou manter relacionamentos fora vale a pena. do estúdio do que com as complexidades da existência ou conhecimento interior maioria vive o que seria considerado uma vida 'normal', além do fato de que eles passam horas trabalhando em um estúdio -. com todo o esgotamento, suor e lágrimas em alguns casos - frustração sobre um pedaço falha ou rejeição exposição pode ser uma dor! - que se espera de um mero mortal - nenhuma mágica anexado Talvez se mais pessoas observados os aspectos do processo criativo que não seria mais vítima do mito. que eu mencionei. Este mito do "artista" tem sido construída ao longo dos séculos - por isso duvido que vai mudar tão cedo Dito isso, sinto que é importante para ver o poder da arte, sem superstições mesquinhas envolvidos.. Pode uma obra de arte mudar o mundo duvidosos? - mas certamente pode mudar uma opinião indivíduos ou a direção da vida aqueles que é onde o poder da arte pode ser encontrada -. ​​ele não pode ser encontrado no ego acariciando noções de estimular o total de mudança cultural ou ver um artista como se ele ou ela é uma figura encantada. É melhor deixar ir essas superstições, a fim de encontrar o verdadeiro poder da arte. O que você diria? Considere este um thread aberto sobre como os artistas são percebidos dentro contexto da sociedade e como o mito em torno da imagem do "artista" foi incorporado em nossa cultura. Sinta-se livre para comentar com suas experiências ou observações sobre este assunto. Se você é um artista com conhecimento sagrado que está além da minha compreensão que eu gostaria muito que você vire uma pedra em ouro. eu poderia usar o dinheiro para comprar mais tinta.

 Brian Sherwin editor sênior
www.myartspace.com

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Vincent van Gogh - A intensidade de uma vida


“E meu plano para minha vida é pintar e desenhar, tanto e tão bem quanto puder, então, quando minha vida acabar-se, eu espero partir não de outro jeito que olhando para trás com amor e anseio e pensando, oh pinturas que eu faria!”
Van Gogh




.As obras de Van Gogh sempre chamaram minha atenção por seu estilo inconfundível: energia captada através das cores vibrantes, movimentos perceptíveis pelos traços, o brilho característico e a alegre harmonia nas composições. Imaginava que o artista guardava alguma coisa muito especial e que na minha fantasia era uma ligação com o mundo espiritual. O pouco que conhecia dele era sobre suas dificuldades na carreira, a dependência financeira com o irmão Theo, a determinação em pintar, as muitas cartas e o mais terrível, a loucura de cortar um pedaço da própria orelha durante uma discussão com seu amigo Gauguin.
......Apenas por intuição ou somente por sentir o que suas obras me transmitiam, percebia que Van Gogh era um ser diferente, muito além do seu tempo e, arriscaria dizer também que, de seu “espaço” e por essas razões, incompreendido.
......Ao visitar o Museu Van Gogh em Amsterdã, no entanto, confirmei minhas sensações e descobri fatos muito interessantes a respeito desse homem entusiasmado e apaixonado pelo que fazia.
......Van Gogh, aos 16 anos, foi trabalhar numa empresa que comercializava obras de arte e ali começou seu interesse pela arte visual. Seu dom pelo negócio logo despertou e a empresa investiu em sua carreira a fim de que ele ganhasse mais experiência. Porém, tornou-se um obscecado com o tema religioso e passou a negligenciar o trabalho, sendo demitido aos 23 anos. Resolveu, então, se tornar ministro protestante, mas também acabou abandonando os estudos antes de sua formação. Nessa fase entrou em crise sobre o que fazer da vida, quando seu irmão Theo sugeriu que se tornasse um artista, oferecendo-se com suporte financeiro para que Van Gogh se aperfeiçoasse tecnicamente. Iniciava assim, aos 27 anos, sua carreira como artista.
......No entanto, Van Gogh estava motivado por algo que ia muito além de uma simples carreira profissional. Seu desejo profundo era de deixar ao mundo e às pessoas, “presentes”. Esses “presentes” eram seus sentimentos extraídos da natureza em forma de arte. Queria servir a humanidade levando beleza e tornando as coisas comuns da realidade, com o que havia de mais precioso: o sentimento da “graça” que estava por trás de todas as coisas!
......Em suas cartas para Theo, dizia que tirava ou colocava coisas do cenário, sem mudar a paisagem, para que ficasse mais harmônica a composição. Contava ao irmão sobre suas experiências, sentimentos, emoções, mandava rascunhos, falava sobre pessoas e paisagens que havia visto e reproduzido e também sobre as coisas que tinham em comum. Em troca do suporte financeiro, mandava muitas de suas obras a Theo.
......Além do gosto pelos desenhos, pinturas e escrita, Van Gogh aliava todos os dons quando escrevia sobre as imagens, as sensações que elas produziam nele.
......Van Gogh almejava formar um grupo com outros artistas, seu amigos, para a troca de experiências, críticas, idéias, em que todos pudessem se ajudar a evoluir em suas carreiras. Compartilhar para crescer. Seu sonho começou a tornar-se realidade ao unir-se a Gouguin, Bernard, Pissarro, Monet, Manet, para fundar uma colônia de artistas chamada “Estúdio do Sul”, não fosse o incidente com Gauguin, que fez acabar com tudo.
......Sua vida pessoal e profissional foi consideravelmente influenciada por alimentos mentais e físicos. Todas suas experiências eram intensas, ele era extremamente emocional e derramava seu coração e sua alma em tudo o que fazia. Sua negligência com a alimentação e vida desregrada trouxeram vários problemas de saúde. Em paralelo sofria com suas neuroses, depressão e desespero.
......Em Maio de 1889 Van Gogh se internou voluntariamente num asilo psiquiátrico e continuou pintando. Nessa fase resolveu fazer reproduções dos grandes mestres que ele admirava, da forma como ele faria ou talvez de como enxergava cada obra. Agrada-me muito ver obras de Rembrandt e Delacroix pelas lentes de Van Gogh.
......Em Maio de 1890 deixou o asilo e foi morar numa vila de artistas em Auvers-sur-Oise seguindo o conselho de Theo e Camille Pissarro. Um mês depois tendo recebido um aviso de Theo, de que ambos precisariam economizar, pois ele estava largando a empresa para trabalhar por conta própria, Van Gogh foi pego pela raiz, sentindo que não conseguia caminhar com suas próprias pernas. Em suas últimas pinturas se esforçou para demonstrar sua tristeza e solidão, conforme escreveu a Theo e semanas depois se suicidou num campo perto de Auvers.
......Em 10 anos de carreira, produziu aproximadamente 1.100 desenhos, 900 pinturas e mais de 900 cartas, tendo vendido somente um de seus quadros em vida.
......A intensidade de sua vida é sentida do começo ao fim no Museu Van Gogh e sem dúvida ele conseguiu extrair a “graça” da natureza e transmiti-la às pessoas através de seu trabalho e de sua existência, pois mesmo quando atormentado, ele não deixou de reconhecer essa “graça” e precisou se esforçar para transmitir sua tristeza e solidão nos últimos meses de vida.



..................................Vincent van Gogh
http://artnewniltoncarvalho.blogspot.com
                                     
Lu Milanov