quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O EXPRESSIONISMO ABSTRACTO - NEW YORK SCHOOL


NEW YORK SCHOOL
O EXPRESSIONISMO ABSTRACTO


O “Expressionismo Abstracto” é o nome dado a um grupo de artistas dos E.U.A. que se desenvolveu, a partir de meados dos anos 40 até finais dos anos 50, de modo relativamente autónomo da Arte Europeia, e que viria a afirmar a presença norte americana no contexto artístico mundial.
Ao Expressionismo Abstracto dá-se também o nome de New York School (Escola de Nova Iorque).
2012 - 718 FLORÍSTICA acrílica s. tela 130x150 cm
Essencialmente, resultou da influencia da arte europeia nos jovens artistas americanos, nomeadamente do Cubismo e do Surrealismo, este por intermédio de Max Ernst e Marcel Duchamp, emigrados nos E.U.A. (a influencia da arte moderna europeia nos E.U.A. tem inicio com o célebre Armory Show de Nova Iorque em 1913).
O Expressionismo Abstracto norte-americano não foi completamente, nem abstrato nem expressionista, e os seus intérpretes desenvolveram estilos pessoais independentes.
Utilizaram do Surrealismo, a técnica do automatismo, e do Cubismo, a negação do espaço pictórico ilusionista e perspéctico em favor de um espaço pictórico estreitoe sem profundidade.
As obras destes artistas são geralmente de dois tipos, “caligráfico”, com marcas pictóricas aplicadas de modo livre sobre toda a tela, ou “iconicos”, onde a composição é dominada por uma forma central.
Jackson Pollock (1912-56) utilizou a técnica do drip painting, em que a tinta é projectada ou escorrida directamente sobre a tela, usualmente de grandes dimensões, estando esta colocada horizontalmente no chão e deslocando-se o pintor a toda a sua volta, após pintada a tela é aplicada na grade ocupando a pintura toda a área da tela: all overpainting.
Os principais artistas da “Escola de Nova Iorque”, foram Jackson Pollock, Arshile Gorky, Willem de Kooning, Adolph Gottlieb e Mark Rothko.
Estes artistas desenvolveram um tipo de pintura a que se dá o nome de “Action painting” se, em vez de o artista procurar construir uma imagem ou de retratar o seu estado emocional, pretende fazer um registo pictórico da sua própria acção; o que na Europa, se designa por, “Pintura informal” ou “Informalismo”, “Gestualismo”, ou ainda “Tachisme”.
Na Europa, Hans Hartung e Alfred Wols são os representantes do Expressionismo Abstracto ou Informalismo.
O termo, “Expressionismo Abstracto” foi, de facto, utilizado pela primeira vez, em 1919, para caracterizar a obra de Kandinsky.
O critico americano Robert Coates utilizou este termo em 1946 com referencia á obra de Arshile Gorky, Jackson Pollock e Willem de Kooning. Em 1951, na exposição do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque “Pintura e Escultura Abstractas na America”, o termo referia-se a todo o tipo de arte abstracta não geométrica.
Há dois grupos distintos neste movimento: artistas que pintam em “Colour Field” (planos de cor) como Mark Rothko, Barnett Newman e Clyfford Still, que utilizam manchas de cor simples e unas e pintores gestualistas como Pollock e De Kooning.
Nem todos os artistas referidos por esta designação foram abstractos ou expressionistas, o termo designa particularmente uma determinada geração de artistas que expunha em Nova Iorque nos finais dos anos 50.
O critico Harold Rosenburg aplicou a estes artistas o termo de “Action Painting”, e com referencia á da sua vivência artística urbana vindo a tornar-se conhecidos como a New York School.
A sua filosofia artística deriva do Existencialismo, que enfatizava a importância do acto criativo sobre a pintura como um objecto acabado, pretendendo exprimir o seu subconsciente através da arte.
Tiveram influencia dos Surrealistas através da presença de Andre Breton, Masson e Matta em Nova Iorque nos anos 40 e através das exposições retrospectivas de Miró em 1941 e expecialmente de Kandinsky em 1945.
Outros artistas associados a este grupo foram Robert Motherwell, Mark Tobey, Franz Kline e Philip Guston.
Nos E.U.A. e mais tarde na Europa a action painting derivaria para a performance.
E. S. J. O. HA Prof. Melo 2001

sábado, 6 de outubro de 2012

ASSIMILAÇÃO DE ARTE.

2011 - 708 RENASCER acrílica s. tela 140x140 cm
NILTON CARVALHO


“ NILTON CARVALHO. SEU TRABALHO VERTE POR DUAS VIAS: PINTURA E OBJETO. ESSAS VIAS, SEPARADAS PELA FORMA E CONCEITO, TODAVIA ESTÃO LIGADAS POR UM ALTO GRAU DE INCONFORMISMO EXISTENCIAL.
NO CASO DAS PINTURAS A ABSTRAÇÃO É “REPRESENTAÇÃO” CUJA TRANSCEDÊNCIA É O QUESTIONAMENTO DA POSIÇÃO DO “EU” ESPIRITUAL DO ARTISTA.
NO CASO DOS OBJETOS, DE CONTEÚDO CRÍTICO SOCIAL, VISA O INCONFORMISMO DA CULTURA LOCAL.
SUA VISÃO SE VOLTA ENTÃO PARA A CIDADE, REVELANDO UMA CONSCIÊNCIA DA DIFICULDADE PRODUÇÃO- ASSIMILAÇÃO DE ARTE.
CIDADE QUE ANSEIA POR SUPERAR ESTA ETAPA.IMINÊNCIA EM QUE O ARTISTA COLABORA.”


ARNALDO APARECIDO FILHO



O ARTISTA PLÁSTICO NILTON CARVALHO ENTRA NA ERA DAS INSTALAÇÕES NA EXPOSIÇÃO "NÓS, O TEMPO..." QUE VAI ATÉ 5 DE JANEIRO, NO PISO TÉRREO DO MULTI SHOP. LOGO NA ENTRADA DA EXPOSIÇÃO DE 17 TELAS, 4 OBJETOS E 1 ESCULTURA, O PÚBLICO É SURPREENDIDO POR UMA CAIXA DE 1.70 METRO DE ALTURA COM AS INSCRIÇÕES "MERCOSUL-EXPORTAÇÃO DE CULTURA- ARAÇATUBA", QUE REPRESENTA A PRODUÇÃO CULTURAL DA CIDADE. QUANDO SE OBSERVA POR UM ORIFÍCIO O INTERIOR DA CAIXA, O VISITANTE NADA VÊ. "NÃO SIGNIFICA QUE EM ARAÇATUBA NÃO HAJA PRODUÇÃO CULTURAL, MAS QUE FALTA INFRA-ESTRUTURA PARA EXPOR O TRABALHO", EXPLICA CARVALHO. 
A INTENÇÃO DO ARTISTA NA EXPOSIÇÃO É PROVOCAR O QUESTIONAMENTO DAS CONDIÇÕES CULTURAIS E TAMBÉM FILOSÓFICAS, COMO A EXISTÊNCIA NO TEMPO-ESPAÇO. COM A PROPOSTA DA CIDADE DE PROMOVER ANO QUE VEM UMA OLIMPÍADA DO MERCOSUL PARA CONFRATERNIZAR ATLETAS DAQUI E DE OUTROS PAÍSES E ATRAIR TURÍSTAS, A ASSOCIAÇÃO DOS ARTISTAS PLÁSTICOS (APLA), DA QUAL CARVALHO É MEMBRO-FUNDADOR, SUGERIU QUE SE FAÇA SIMULTANEAMENTE UMA MOSTRA DE OBRAS DE ARTE.
"COM AS ATENÇÕES DO MERCOSUL VOLTADAS PARA O EVENTO, É UMA OPORTUNIDADE DE EXPORTAR CULTURA DO MUNICÍPIO", DIZ O ARTISTA. PORÉM, A MOSTRA EMPERRA NA FALTA DE LOCAL COM ADEQUADA INFRA-ESTRUTURA. DAÍ A IDÉIA DE FAZER UM TRABALHO QUESTIONANDO IST0".
A CAIXA PERTENCE A UMA SÉRIE QUE SE COMPLETA COM UM MONITOR DE TEVÊ ONDE SURGEM AS FRASES: "O POVO NÃO PRECISA DE ARTE" E "O POVO DEVE FICAR EM CASA VENDO TEVÊ ?", DE AUTORIA DE UM AMERICANO NUMA CRÍTICA À SITUAÇÃO CULTURAL DO PAÍS. A TELA DO TELEVISOR TEM UM ESPELHO E É ENVOLTA POR CORRENTE E CADEADOS. QUANDO A PESSOA LÊ AS FRASES EXIBIDAS, VÊ QUE A SUA PRÓPRIA IMAGEM ESTÁ "PRESA" À TEVÊ PELA CORRENTE.
O PONTO DE PARTIDA DE AMBAS AS OBRAS FOI A TELA "SOB O ESTÍGMA DO PECADO", DO ANO PASSADO. NELA CARVALHO RETRATA A TENTATIVA DA PRODUÇÃO CULTURAL DE VENCER A IMAGEM ESSENCIALMENTE AGROPECUÁRIA QUE PREDOMINA NO MUNICÍPIO REPRESENTADA POR ARAMES FARPADOS ENVOLVENDO OS NOMES DAS ENTIDADES CULTURAIS.
NA SÉRIE DE QUATRO OBJETOS, CARVALHO TRATA DO EQUILÍBRIO ENTRE MATERIAL E ESPIRITUAL. COM TRABALHAI, ALIMENTAI, ILUMINAI E MATARÁS?, TÍTULO DE CADA UM DOS OBJETOS, O ARTISTA QUIS PROVOCAR A REFLEXÃO SOBRE A PASSAGEM TERRENA DO SER HUMANO E A NECESSIDADE DE TRABALHAR NÃ0 APENAS PARA ALIMENTAR O CORPO, MAS TAMBÉM O ESPÍRITO.