NEW YORK SCHOOL
O EXPRESSIONISMO ABSTRACTO
O “Expressionismo Abstracto” é o nome dado a um grupo de artistas dos E.U.A. que se desenvolveu, a partir de meados dos anos 40 até finais dos anos 50, de modo relativamente autónomo da Arte Europeia, e que viria a afirmar a presença norte americana no contexto artístico mundial.
Ao Expressionismo Abstracto dá-se também o nome de New York School (Escola de Nova Iorque).
2012 - 718 FLORÍSTICA acrílica s. tela 130x150 cm |
Essencialmente, resultou da influencia da arte europeia nos jovens artistas americanos, nomeadamente do Cubismo e do Surrealismo, este por intermédio de Max Ernst e Marcel Duchamp, emigrados nos E.U.A. (a influencia da arte moderna europeia nos E.U.A. tem inicio com o célebre Armory Show de Nova Iorque em 1913).
O Expressionismo Abstracto norte-americano não foi completamente, nem abstrato nem expressionista, e os seus intérpretes desenvolveram estilos pessoais independentes.
Utilizaram do Surrealismo, a técnica do automatismo, e do Cubismo, a negação do espaço pictórico ilusionista e perspéctico em favor de um espaço pictórico estreito, e sem profundidade.
As obras destes artistas são geralmente de dois tipos, “caligráfico”, com marcas pictóricas aplicadas de modo livre sobre toda a tela, ou “iconicos”, onde a composição é dominada por uma forma central.
Jackson Pollock (1912-56) utilizou a técnica do drip painting, em que a tinta é projectada ou escorrida directamente sobre a tela, usualmente de grandes dimensões, estando esta colocada horizontalmente no chão e deslocando-se o pintor a toda a sua volta, após pintada a tela é aplicada na grade ocupando a pintura toda a área da tela: all overpainting.
Os principais artistas da “Escola de Nova Iorque”, foram Jackson Pollock, Arshile Gorky, Willem de Kooning, Adolph Gottlieb e Mark Rothko.
Estes artistas desenvolveram um tipo de pintura a que se dá o nome de “Action painting” se, em vez de o artista procurar construir uma imagem ou de retratar o seu estado emocional, pretende fazer um registo pictórico da sua própria acção; o que na Europa, se designa por, “Pintura informal” ou “Informalismo”, “Gestualismo”, ou ainda “Tachisme”.
Na Europa, Hans Hartung e Alfred Wols são os representantes do Expressionismo Abstracto ou Informalismo.
O termo, “Expressionismo Abstracto” foi, de facto, utilizado pela primeira vez, em 1919, para caracterizar a obra de Kandinsky.
O critico americano Robert Coates utilizou este termo em 1946 com referencia á obra de Arshile Gorky, Jackson Pollock e Willem de Kooning. Em 1951, na exposição do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque “Pintura e Escultura Abstractas na America”, o termo referia-se a todo o tipo de arte abstracta não geométrica.
Há dois grupos distintos neste movimento: artistas que pintam em “Colour Field” (planos de cor) como Mark Rothko, Barnett Newman e Clyfford Still, que utilizam manchas de cor simples e unas e pintores gestualistas como Pollock e De Kooning.
Nem todos os artistas referidos por esta designação foram abstractos ou expressionistas, o termo designa particularmente uma determinada geração de artistas que expunha em Nova Iorque nos finais dos anos 50.
O critico Harold Rosenburg aplicou a estes artistas o termo de “Action Painting”, e com referencia á da sua vivência artística urbana vindo a tornar-se conhecidos como a New York School.
A sua filosofia artística deriva do Existencialismo, que enfatizava a importância do acto criativo sobre a pintura como um objecto acabado, pretendendo exprimir o seu subconsciente através da arte.
Tiveram influencia dos Surrealistas através da presença de Andre Breton, Masson e Matta em Nova Iorque nos anos 40 e através das exposições retrospectivas de Miró em 1941 e expecialmente de Kandinsky em 1945.
Outros artistas associados a este grupo foram Robert Motherwell, Mark Tobey, Franz Kline e Philip Guston.
Nos E.U.A. e mais tarde na Europa a action painting derivaria para a performance.
E. S. J. O. HA Prof. Melo 2001