quinta-feira, 28 de julho de 2011

A MEDIUNIDADE NO PINTOR RAFAEL


Luciano Dudu

A MEDIUNIDADE NO PINTOR RAFAEL

                                            






Auto retrato do pintor Rafael 
Leon Denis recebeu uma orientação mediúnica através da evocação do Espírito que se manifestava como “O Esteta”, no livro O espiritismo na Arte, onde ela fala sob a inspiração.
Resolvemos transcrever alguns trechos do assunto, onde ele menciona o artista Rafael. A arte bem compreendida é poderoso meio de elevação e de renovação.
É a fonte dos mais puros prazeres da alma; ela embeleza a vida, sustenta e consola nas provas, e traça com antecedência, para o espírito, os caminhos para o céu. (1)
Quase todos aqueles que receberam a sagrada missão de encaminhar as almas para a perfeição esquivaram-se dessa tarefa.
Tornaram-se culpados de um crime ao se recusarem instruir e iluminar as sociedades e ao perpetuarem a desordem moral e todos os males que recaem sobre a humanidade. Assim explicam-se as decadências da arte em nossa época e a ausência de obras fortes.(2)
Às vezes a inspiração desliza suavemente em nosso intelecto, mistura-se intimamente a nosso próprio pensamento, de tal maneira que se torna impossível distingui-la. Outras vezes é uma irrupção repentina, uma invasão cerebral, um sopro que passa sobre nossas frontes e agita-nos com uma espécie de febre.
Outras vezes, ainda, é como que uma voz interior, tão nítida e tão clara que parece vir de fora para nos falar de coisas graves e profundas. (3)
Uma corrente de forças e de pensamentos agita-se e rola à nossa volta, procurando penetrar nos cérebros humanos dispostos a recebê-los, a assimilá-los, a traduzi-los sob a forma e a medida de suas capacidades, de seu grau de evolução. Alguns o expressam de maneira mais ampla; outros, de modo mais restrito, segundo suas aptidões, segundo a riqueza ou pobreza das expressões que lhes são familiares e os recursos de sua inteligência.(4)
Dentre os homens de talento, muitos reconheceram essas influências invisíveis. Vários descrevem o estado próximo do transe, no qual a elaboração de uma grande obra os faz mergulhar. Outros falam da onda abrasadora que os penetra, do fogo que corre em suas veias e provoca uma super excitação que lhes centuplica as faculdades. (5)
Em vão procuram às vezes resistir a esse poder que os domina, os subjuga-os e lhes destruiria o envoltório caso ele fosse contínuo.
Alguns há que sucumbiram a essa ação soberana e morreram prematuramente, como Rafael, na flor da idade. (6)
Como se vê, em todos os domínios da arte e do pensamento, os Céus vivificam a Terra. Os homens ilustres têm sido, em sua maior parte, médiuns (...),Rafael Sanzio dizia que suas mais belas obras lhe haviam sido inspiradas e apresentadas numa espécie de visão. (7)
Numerosos exemplos o demonstram: a mediunidade genial se assemelha à mediunidade de incorporação. E precedida de uma espécie de transe, que tem sido justamente denominado "a tortura da inspiração". (8)
A mensagem divina não penetra impunemente o ser imortal; impõe-se-lhe de alguma sorte pela violência.
Uma espécie de febre e um frêmito sagrado se apoderam daquele que o Espírito visita . Manifestações, transportes semelhantes aos que agitavam a pítia em sua trípode, anunciam a chegada do deus: Esse Deus! Todos os grandes inspirados - poetas, oradores, músicos, artistas - têm experimentado essa hiperexcitação sibilina, em conseqüência da qual chegaram alguns mesmo a morrer.
Rafael consumiu-se na flor dos anos.
Há jovens predestinados cujo invólucro demasiado frágil não pôde suportar a energia das inspirações super-humanas, e que tombaram, logo ao alvorecer do próprio gênio, como a delicada flor que o primeiro raio de sol atira morta ao chão. (9)
                                                    A escola de Athenas                               
Fonte: 1-6 : O Espiritismo na Arte - Leon Denis FEB 
           7-9 : No invisivel - Leon Denis - FEB
                   Imagens retiradas do Google

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